terça-feira, 6 de setembro de 2011


            TRUPZUP

Eu não digo a ninguém que sou valente
Vivo longe dos grupos desordeiros
Sei tratar muito bem meus companheiros
Mas se um dia eu ficar de sangue quente
Chegarei no inferno de repente
Faço o diabo, chefão virar mulher
Mando logo prender o lúcifer
Solto almas de deuses e pagãos
Se o cão coxo cair nas minhas mãos
Só se solta com vida se eu quiser.

Qualquer dia do ano se eu quiser
Pra o céu eu farei uma jornada
E como a lua já está desvirginada
Olha eu posso tomá-la por mulher
Se acaso São Jorge não quiser
Olha eu tomo o cavalo que ele tem
Se a lua quiser me amar também
Dou-lhe um beijo nas tranças do cabelo
Deixo o santo com dor de cotovelo
Sem cavalo, sem lua e sem ninguém.

Sou o bote da cobra caninana
Sou dentada de tigre enraivecido
Sou granada que solta um estampido
Que se escuta por mais de uma semana
Sou picada de abelha italiana
Sou a bala que acerta o meio da testa
Sou incêndio que arrasa uma floresta
Sou a bruta explosão da dinamite
Sou micróbios feroz da meningite
Liquidando com gente que não presta.

Dei um murro nas ventas de um mal poeta
Que a cabeça voou fez piruetas
Passando por todos os planetas
Foi parar no reinado de um profeta
Nisso um santo que viu ficou pateta
A cabeça do cabra estava um facho
Uma alma gritou “ou velho macho”
São Pedro falou “o que é isso”?
Disse um anjo que estava junto a Cristo
É Trupzup zangado lá embaixo.

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